sábado, 14 de março de 2009

Sem título, {capítulo 5}

Capítulo 5 – Human Island

Fazia frio e Marianna apertou o passo se encolhendo dentro do grande casaco que usava. Foi surpreendida por braços quentes em seu ombro, que a enlaçavam e amenizavam o frio.
“Você não consegue mais ficar longe de mim nem por 5 minutos?” Ela soou divertida e confortável.
“Eu consigo... É seu colar que não deixa. Acho que vou ficar com ele!” Lucca a fez parar e quando ela sorriu ao seu olhar tomou-a nos braços em um abraço quente e carinhoso.
“Você quer ficar com o colar? Acho que existem coisas melhores para você querer ficar...” Marianna sussurrou ao pé do ouvido de Lucca, assustando-se com a sua própria ousadia.
Lucca soltou-a de seus braços e disse sorridente: “Não sei não, eu gosto do colar!”
“Então pode ficar com ele.” Ela disse séria e um vento frio bateu em seu rosto congelando cada parte descoberta de seu corpo. Estremeceu por um segundo tentando fugir do vento.
“Infelizmente eu prometi que ia te devolver...” ele sorriu “Vem cá, me deixa colocar em você.”
Marianna retribuiu o sorriso tentando não fazê-lo, foi para mais perto de Lucca virando-se de costas para ele e levantando seu cabelo para que ele colocasse seu colar. Lucca passou o colar gentilmente pelo pescoço dela fazendo um tremendo esforço para não tocá-la. Fechou-o com facilidade, mas decidiu se demorar mais um pouco e explorar com os olhos a pele lisa do pescoço de Marianna. Surpreendeu-se ao encontrar uma pequena tatuagem atrás da orelha dela... Era uma palavra: island. Correu os olhos para a outra orelha e viu que ali descansava mais uma palavra: human. ‘Human Island, quanta realidade em apenas duas palavras!’ pensou ele em um suspiro.
Lucca soltou o colar das mãos e tocou com a ponta de seus dedos as duas pequenas tatuagens de Marianna. Ela ergueu os ombros ao sentir seu toque e soltou os cabelos, deixando com que eles caíssem sobre as mãos de Lucca. Ele então voltou a erguê-los com uma das mãos para que com a outra pudesse acariciar a nuca exposta de Marianna. Ela ergueu os ombros mais uma vez e se virou para olhá-lo. Ambos sorriram levemente e Marianna diminuiu a distância entre os dois dando um tímido passo à frente. Ele então pegou o rosto dela com as duas mãos e o aproximou do seu, sem deixar que seus lábios se tocassem. Ela, sem pensar, beijou-o levando suas mãos ao pescoço dele, acariciando sua nuca devagar enquanto deixava-o explorar sua boca.
Lucca sentiu o toque suave das mãos de Marianna em sua nuca e levou as mãos do rosto dela para as costas, envolvendo-a em um abraço. Percebeu que ela estremecera e interrompeu o beijo carinhosamente olhando-a nos olhos. Ia falar, mas foi interrompido pelos dedos de Marianna em sua boca, impedindo que ele a abrisse.
“Não, a fala está superestimada...” Lucca sorriu ao ouvi-la e puxou-a para mais um beijo.
Ficaram juntos no estacionamento até ouvirem o sinal da última aula. Estava frio e Lucca sabia que Marianna não poderia ficar ali por mais tempo sem que congelasse. Ele então a afastou e segurou em sua mão olhando-a nos olhos.
“Mah, você está com frio... E já está tarde. Que tal a gente se encontrar amanhã?”
Marianna odiava a idéia de ter de ficar longe dele durante tanto tempo, mas este pensamento a apavorava. Desde quando ela era dependente de alguém?
“Tudo bem, nos vemos amanhã.” Ela sorriu e Lucca estremeceu com o vento gelado. “Você também está com frio, a culpa não é só minha!” Disse ela divertida.
“Eu só estou com frio porque você está longe de mim!” Lucca soou irresistível e Marianna pulou em seu pescoço envolvendo-o em um abraço exageradamente apertado, ato que o agradou.
“Passou o frio agora?” Perguntou ela acariciando as costas dele.
“Sim, obrigado.”
Riram juntos e Lucca se afastou um pouco para dar um leve beijo na ponta do nariz de Marianna, que achou o carinho infantil encantador.
“Acho que precisamos ir mesmo...” Disse ela olhando para as pessoas que começavam a sair dos prédios da faculdade.
“Sim, acho que sim.” Lucca falou enquanto soltava-a de seu abraço. “Nos vemos amanhã Mah...” Seu tom foi de dúvida.
“Nos vemos amanhã.” Confirmou ela subindo na ponta dos pés para alcançar a boca de Lucca e lhe dar um beijo enquanto sorria.
Os dois se despediram rapidamente, pois concordavam que o que acontecera já era demais para um dia só. Precisavam pensar sozinhos em tudo aquilo e organizar as informações.
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ps: eu queria comentários T.T
Peace, love and music, Kah *

sexta-feira, 13 de março de 2009

Creme Brulle de Chocolate

BIP•BIp•Bip•bip



"Sabe aquela sensação de ter deitado na cama, de virar, fechar os olhos e ai o despertador tocar?

Bom, esta foi a sensação que tive ao acordar às 4:30 da manhã para ir ao trabalho.

O que passa pela minha cabeça todos os dias é se mereço acordar tão cedo e ir dormir tão tarde... Só que no exato momento que este pensamento me vem à tona é justo o momento em que chego ao porto e vejo o sol nascer, se refletindo no mar. Timidamente ele bate em minha cara, fazendo o antigo pensamento dizer um breve adeus e logo vem o sorisso. E com a felicidade que ele me traz, começo a pensar o cardápio do dia.

Pode até parecer fácil, mas não é tanto assim...

A escolha do prato principal é simples, sempre conforme meus sonhos, no caso de hoje, sonhei que estava nadando, logo será peixe.

Primeira etapa concluída: consegui achar um ótimo peixe dentro do orçamento do restaurante. Agora e os temperos.

Bom, eles são a alma do prato. O que me leva a uma longa etapa! Gosto de pensar nela como sendo um grande desafio e para encarar isso, somente sentando no meu banco preferido da praça local, pode até parecer estranho, mas você sabe né, cada um consegue sua inspiração de um jeito...

Gostei do modo especial que a idéia me veio hoje: uma criancinha veio correndo ao meu encontro e meu deu um girassol, sorri e ela foi embora. Comecei então observar aquela linda flor...

Você já deve saber o que pensei...

Por que não usar sementes de girassol? Só que elas pedem algo mais assim (sabe?) como a mostarda.

E para aguçar o paladar, o molho da salada será de mel e laranja.

É...

A sobremesa foi uma decisão difícil, mas, por fim decidi que talvez uma maçã caramelizada e flambada combinaria...

Mas sabe como foi na cozinha, né? Um corre-corre o tempo inteiro...

Depois tive que organizar algumas coisas; fazer a lista da dispensa, dar uma olhada nos vinhos e tals...

Não me olha com essa cara! Só por que são três da manhã e eu costumo chegar a uma, não quer dizer que eu estava te traindo.

Fica tranquila amor, estava trabalhando mesmo.

Oi? Como ousa falar uma coisa dessas?!

Você acha mesmo que eu dormiria com ela e ainda mais na cozinha?

Horas, quem desconfia é por que tem culpa...

O quê?!

Ah isso é verdade! Ela é bem mais bonita do que você.

Calma, calma eu estou brincando! Olha aqui o que fiz pra você...

... sua sobremesa preferida!

Pronto! Está vendo tudo se resolve, vem me dá um beijo sua ciumenta."

quinta-feira, 12 de março de 2009

Fake Angel

Muitas me perguntaram o porque de Fake Angel, e acho que finalmente eu entendi o que significa esse nome que levei por tanto tempo. Tudo graças a você Neka, é como se eu tivesse escolhido esse nome, para justifica-lo no dia em que nos amassemos.

Nome...Palavra que lhe da identidade, que faz de você ser você mesmo, mas o que o meu significa? Porque Fake Angel? Uns dizem que sou algum tipo de anjo encarnado na Terra (ainda mais pelo meu nome verdadeiro, Lucas, nome de um arcanjo). Outros dizem que tenho uma carinha de anjo mas no fundo sou um demônio, outros dizem que tenho apenas o jeito de um anjo. Não soube responder quando me perguntavam do porque desse nome, preferia fugir com outra pergunta “qual você acha que é o significado?”. Simples.

A única coisa que eu sabia era que eu queria ter asas, mas não as sentia em minhas costas, mentira. Eu sempre tive asas, mas apenas uma. E com apenas uma asa não se pode voar, com apenas uma asa, pode-se apenas imaginar como é o paraíso. Enfim, encontrei alguém que me contou uma história e não só contou essa história, como roubou meu coração, aliás, completou-o. Sim, agora eu tenho duas asas, a minha juntamente com a sua, agora sei porque Fake Angel “O anjo de uma asa”. Agora sei voar, nas asas do paraíso, mas compartilhando, minhas asas, minha alegria, seja o que for, com a dona da asa que me completa.

By: Fake Angel

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sem título - {Capítulo 4}

Capítulo 4 – Explicações e Reações

“É bom você me devolver o colar depois desta.” Marianna falou com um ar tão descontraído que se impressionou.
“Eu vou, mas só depois do chocolate quente.”
Os dois foram até a lanchonete da faculdade conversando inutilidades e evidentemente se divertindo. Pediram um chocolate quente cada um e sentaram-se na mesa mais isolada do local por escolha de Marianna.
“Certo, já temos o nosso chocolate quente, agora me fale sobre você Lucca...”
“Eu sou do 4º ano, matemática também. Não sei o motivo de gostar tanto desta matéria, mas acho que é porque os números são muito mais simples de se compreender do que qualquer outra coisa. Eu trabalho como plantonista em uma escola, mas não gosto muito dos alunos, se é que você me entende...” ele falou dando um sorrisinho “Para ser sincero acho que não gosto de pessoas também, a não ser...”
“A não ser?” Marianna insistiu.
“Esquece. Continuando... Eu te via todos os por aí e imaginei que gostaria de alguma companhia para variar.” Lucca sorriu tomando um bom gole de chocolate.
“Você tem muita imaginação para um matemático e parece muito novo para estar no 4º ano. Sua boca está inteira suja de chocolate!”
Lucca sorriu passando a língua nos lábios, exatamente como faz uma criança e isso rendeu a ele mais um vislumbre do sorriso de Marianna.
“Limpou?” perguntou ele.
Marianna balançou a cabeça negativamente, pegou um papel e limpou delicadamente a boca dele. Olharam-se nos olhos e sorriram tentando adivinhar o que se passava na cabeça um do outro.
“Por que um número 9?” Lucca falou interrompendo o momento.
“O quê?”
“Seu colar, tem um número 9 nele.”
“Ahh, é uma bobagem, nada de muito interessante.”
“Adoro coisas pouco interessantes.” Disse ele sorrindo.
“Ok...” Marianna respirou fundo “O número 9 sempre me perseguiu. As melhores coisas da minha vida sempre acontecem ou no dia 9, ou às 9 horas, ou então 9 vezes. Tudo tem o número 9 no meio, a não ser, é claro, nas minhas notas que são sempre maiores do que isto.” Ela sorriu divertindo Lucca. “Fora que eu faço aniversário dia 9...” Marianna não sabia por que se sentia tão confortável contando coisas para ele. Lucca era um completo estranho e ela nunca contava nada a ninguém, nunca se abria a ninguém. Por que com Lucca era tão diferente?
“Em que mês é seu aniversário?” perguntou ele fazendo com que Marianna voltasse à realidade.
“Junho, nasci dia 9 de Junho às 9 horas e 19 minutos.” Ambos sorriram e ficaram em silêncio por um tempo, apenas tentando adivinhar, sozinhos, o que significavam um para o outro. Lucca sabia que gostava da fria estudante do 2º ano. Achava-a inteligente, seus olhos o intrigavam e, para ele, ela era incrivelmente linda.
Marianna não podia negar que ele tinha um efeito diferente nela. Com ele, ela não se sentia só como de costume, sentia que sua enorme solidão acabava inteiramente preenchida quando ele estava por perto. E então foi a vez dela de quebrar o silêncio:
“Por quê?”
“Por que o quê?” perguntou Lucca.
“Por que você veio falar comigo?”
“Marianna...”
“Lucca...” ela fitou-o profundamente.
Ele então respirou fundo e disse relutante “Apesar de tentar passar despercebida pelos corredores, eu não pude deixar de te notar. Todas as vezes que você passou por mim eu fiquei sem reação... E não foi só porque você é uma bela mulher Marianna, suas atitudes quietas me deixam curioso, me fazem querer te conhecer bem... E eu não sou o tipo de pessoa que gosta de outras pessoas, eu não costumo querer conhecer alguém como quero te conhecer. Eu fui te procurar porque eu simplesmente não conseguia mais te ignorar.”
Marianna congelou. Ela nunca tinha ouvido nada parecido de ninguém. Seu coração irracional deu pulos, pelo tom da voz de Lucca ela pode perceber que tudo aquilo era verdade. Inconscientemente levou suas mãos para cima da mesa e fez com que elas se encontrassem com as mãos geladas dele. Fechou os olhos por um instante e sentiu uma lágrima teimosa a rolar pela sua face.
Lucca sorriu aliviado. Não sabia o que esperar e julgou que um encontro de mãos e uma lágrima fossem boa coisa. Soltou uma de suas mãos das de Marianna e enxugou a lágrima que lhe caía pelo rosto. Voltou a mão para afagar gentilmente as mãos quentes de sua companhia.
Marianna abriu os olhos e encontrou um par de olhos negros tentando interpretá-la. Resolveu então dizer alguma coisa:
“Eu sei que esta é a minha hora de dizer algo... Mas a verdade é que eu não sei o que dizer...” ela disse sem graça apertando ainda mais as mãos de Lucca contra as suas.
“Você não precisa dizer nada Marianna.” Ele sorriu tentando acalmá-la.
“Obrigada...” ela o agradecia não só pela compreensão. Tentou dizer com os olhos o que não conseguia colocar em palavras e isto bastou para que ela e Lucca ficassem calados e imóveis tentando organizar os pensamentos.
Para ambos era bastante complicado apreciar a companhia de outro ser humano... Lucca tinha mais facilidade com o assunto, mas para Marianna era tudo novo demais. Ela já tinha estado com outras pessoas antes, mas era sempre por diversão momentânea. Ela nunca tinha realmente sentido que gostaria de estar o tempo inteiro com alguém ao seu lado e apenas a idéia de sentir isto por Lucca a apavorou.
Ele percebeu a mudança na expressão dela e disse calmamente “Já é hora de irmos, não é? Está tarde...”
Ela impressionou-se com a capacidade dele de acalmá-la, respirou fundo e afirmou com a cabeça, levantando-se em seguida da cadeira.
“Foi bom te conhecer...” Marianna sorriu tentando ser simpática virou as costas e saiu andando em direção ao seu carro.
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ps: Haaa a Mahh me irrita *-*
Peace, love and music, Kah *

domingo, 8 de março de 2009

Sem título, por enquanto - {Capítulo 3}

Capítulo 3 - Chantagem
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Lucca soltou um suspiro descontente e logo quando decidiu ir embora viu, no chão, o pequeno colar com o número 9 de Marianna. Pegou-o do chão sorrindo e correu para encontrá-la. Parou no corredor e teve que insistir ao inspetor para que o deixasse entrar depois de 5 minutos de atraso. Conseguiu graças ao colar de Marianna e procurou pela sala de geometria analítica.
O professor não havia aparecido, era verdade e Marianna sentou-se em uma das primeiras carteiras, como sempre, para esperar que os liberassem para ir embora. Abriu seu caderno no exercício que Lucca havia supostamente resolvido e fez as contas conforme ele dissera. Lá estava: a solução realmente era 1... Fechou o caderno sorrindo, como nunca faria na frente dele e ficou a pensar em quem era ele afinal.
Foi interrompida pelo mesmo barulho de passos barulhentos que ela havia ouvido quando estava sentada no banco pouco antes.
"Lucca, eu falei pra me deixar em paz!" Ela levantou os olhos após dizer e encontrou Lucca sorrindo na frente dela.
"Não seja mal educada mais uma vez, eu achei algo que é teu."
"Algo que é meu? Ah sim, claro... Agora você está arranjando desculpas?"
"Não é desculpa Marianna... Isso não lhe pertence?" Lucca tirou o pequeno colar de 9 do bolso e mostrou para ela.
"Meu colar..." Marianna falou colocando as mãos no pescoço.
"Pois é, seu colar." Ele sorriu "Eu só te devolvo se você aceitar tomar um chocolate quente comigo."
"Isso é chantagem!" Disse ela encarando-o.
"Funciona com você, já que não vai por mim..."
"Eu REALMENTE gosto deste colar."
"Então vamos, ninguém aqui vai te morder... A não ser que você peça." Ele piscou sorrindo e a fez moldar um sorriso torto que aparentemente a irritou.
“Não tenho outra escolha, tenho?” Marianna falou com um ar menos pesado.
“Tem, é claro que tem! Você pode me dar seu colar.”
“Acho que prefiro fazer o sacrifício de tomar um chocolate quente.”
“Você pode tomar café, se preferir.”
Lucca sentia que Marianna começava a se divertir ao seu lado, o que o fez sorrir sinceramente. Ela não resistiu ao sorriso do homem à sua frente e retribuiu o sorriso levemente ao seu olhar.
“O sacrifício não é o chocolate e sim a companhia.”
“O quê?” disse ele indignado “Você está dizendo que não gosta da minha companhia?”
“Eu não gosto de companhia nenhuma, você não será o único. Não precisa se sentir mal por isso. E além do mais, eu nem te conheço!”
Lucca admirou o belo rosto de Marianna e teve que se segurar para não estender a mão e tocá-lo.
“É uma ótima oportunidade para conhecer. E eu não me sinto mal Marianna... Posso sempre roubar o seu colar e te obrigar a sair comigo.”
"Chantagista..."
"Funciona, não funciona?"
Ambos sorriram e se olharam por um instante. Marianna não conseguia entender o motivo de ele ter ido falar com ela, não conseguia entender como ele não se afastava, mesmo depois de todos os olhares frios que ela lhe lançara. Marianna simplesmente não entendia...
“Vamos?” disse Lucca interrompendo o momento e estendendo a mão para Marianna.
Ela encarou a mão dele sem saber o que fazer e ele, entendendo aquele olhar, recolheu a mão junto ao corpo. Ela sorriu em agradecimento e levantou-se para acompanhá-lo. Iam saindo da sala juntos e em silêncio quando Marianna realizou que algumas pessoas de sua sala a olhavam curiosas fazendo comentários. Parou, se virou para trás e encarou, fria, todos os que olhavam para ela. Prontamente percebeu que os olhos que a fitavam foram se abaixando um por um, até que a última pessoa decidisse cuidar de sua própria vida. Ela então saiu atrás de Lucca rindo por dentro.
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Ps: Finalmente um novo post! Depois de aanos resolvi voltar a digitar :)
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Peace, love and music, Kah.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Olhos de menina

Um dia nós nos conhecemos, em um dia qualquer, lembro-me de teus olhos, de menina. Aqueles olhos que quando cruzaram com os meus encheram-se de um brilho sem igual.
Um dia nós nos conhecemos, um dia nós nos arriscamos, um dia nós resolvemos dar uma chance ao outro, um dia nós nos amamos, um dia nós brigamos, um dia nós choramos, um dia nós nos casamos.
E hoje, vejo-a como uma mulher, não vejo eu mesmo, não gosto de me auto julgar, mas vejo-a como uma mulher adulta. Uma mulher independente, forte, que tem controle sobre a própria vida, uma mulher “calejada” pelas quedas da vida, uma mulher que acima de tudo consegue sorrir. Uma pessoa completamente diferente daquela que conheci a vários anos atrás, seu corpo, seu modo de pensar, seu modo de ver, já não são daquela menininha que conheci. Mas seus olhos quando cruzam com os meus, seus olhos quando cruzam com os meus, ainda são aqueles olhos de menina...
Aqueles olhos puros, transmitindo todo ingenuidade da parte frágil que ela não demonstra, aqueles olhos que brilham quando vêem os meus, aqueles olhos de menina que não de deixam de esquecer o quanto eu amo essa mulher-menina, não me deixam esquecem o quanto sou feliz do lado dela, que não me deixam esquecem que eu também tenho olhos de menino.


Para você, a minha menina.