segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Cavaleiros, magos e realidade

Dedico esse livro a um amigo, um irmão, Pedro. Espero que isso o ajude.

"Que sou? O que sou? O que fui? Me sinto só, vazio..."

Tudo havia terminado assim? Não sei se fui eu ou ela, não sei quem foi, mas tudo acabou daquela forma. Meu coração? Sentia que ele estava despedaçado, em não sei quantos inúmeros pedaços. Estava tudo tão vazio, tudo sem sentido, eu parecia nada, parecia simplesmente um lixo. Não tinha mais muita coisa para fazer, não gostaria de fazer nada na verdade, mas uma coisa em especial me chamou atenção. A minha estante de velhos livros, meus livros de infância... Uma vontade quase incontrolável de lê-los me fez se sentar sobre eles e começar, a pegar um por um, ler um por um. Eram livros de contos de fadas, bobos para quem lê, cheio de cavaleiros, fadas, princesas e essas coisas.
Mas a mente é engraçada nas nossas horas de desespero, me imaginei como aqueles cavaleiros, cheio de coragem, destemidos, sempre conseguindo o que queriam no final, talvez se eu fosse como eles tudo isso não teria acontecido... Balancei a cabeça, talvez estivesse ficando louco, mas aquela idéia não parava de rondar minha cabeça.
Peguei outro livro, essa contava a história de um mago, sábio, sabia o que falar na hora certa, sabia o que fazer sempre, quem sabe se eu fosse assim...
Aquilo estava virando uma loucura, mas algo dizia que eu tinha que continuar, mais um livro, mais uma característica que gostaria de ter. Mais um livro, mais uma característica, mais um livro, mais uma característica....Arg! Estava ficando insuportável, aquilo só fazia eu me sentir mais lixo do que já parecia.
Sentei-me apoiando a cabeça na parede, um último gibi estava sobre a pilha “Batman e Robin”, estranho, sempre quis ser como Batman. Mas espera um pouco, Robin também não é como ele? Vi o livro debaixo: “O Rei Arthur”, destemido, grande líder, mas foi ele quem treinou Lancelot que acabou por se tornar o mais fiel escudeiro dele.
Então era isso, eu não podia ser um cavaleiro na vida real, não podia ser um mago, não podia ser o Rei Arthur, mas como Robin, Lancelot, eu era um aprendiz. Podia aprender a ter tudo aquilo, podia aprender, mas sempre como Robin e Lancelot fizeram: aprenderam o que puderam, mas não se tornaram cópias daqueles que os treinaram, aderiram o que aprenderam ao próprio estilo, tornando-se maiores do que seus mestres...
Então eu podia tornar-me maior do que eu mesmo, comparado a isso... A perda dela foi uma dor, mas também um passo para frente, para me abrir os olhos... Eu posso ser melhor!

by: Lucas Eiji (Fake Angel)

Um comentário:

  1. Você está REALMENTE inspirado estes dias... Outro texto muito bom *-*
    Diz para o seu amigo que eu chorei também XD

    "Então eu podia tornar-me maior do que eu mesmo, comparado a isso..." Mudei esta frase porque estava meio estranha, era isso mesmo que você queria dizer?
    Só tive esta dúvida, o resto está revisado ;)

    ps: vou começar a cobrar ¬¬' uhahuauha [/nemvou

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